No ambiente corporativo e industrial, a segurança dos colaboradores e a prevenção de problemas operacionais dependem de um gerenciamento de riscos eficiente.
Uma das ferramentas mais utilizadas para isso é a matriz de risco, que ajuda a identificar, avaliar e priorizar riscos, orientando as ações preventivas e corretivas da empresa.
Neste guia completo, você vai entender o que ela é, sua importância e como montá-la de forma eficiente para proteger sua equipe e melhorar os processos na sua organização.
O que é uma matriz de risco?
A matriz de risco é uma ferramenta visual que combina a probabilidade de ocorrência de um risco com a gravidade de seu impacto, classificando-o em níveis de criticidade, como baixo, médio, alto ou extremo.
Representada em uma tabela ou gráfico, essa matriz ajuda a visualizar de forma clara quais são os riscos mais relevantes e quais devem ser priorizados.
Empresas de diversos segmentos utilizam-na para tomar decisões informadas sobre a alocação de recursos e a implementação de medidas de segurança.
Ela é amplamente empregada em setores como saúde, construção civil, indústrias químicas e tecnologia, além de ser uma exigência em algumas regulamentações de segurança ocupacional.
Como funciona a matriz de risco?
A matriz funciona cruzando duas variáveis principais: a probabilidade e o impacto. A probabilidade representa a frequência ou a chance de o risco ocorrer, enquanto o impacto indica a gravidade das consequências caso ele se concretize.
Essas variáveis são dispostas em uma tabela, geralmente no formato 3×3 ou 5×5, gerando uma classificação que varia de “baixo” a “extremo”. Essa classificação orienta as ações a serem tomadas.
Como montar uma matriz de risco?
Montar uma matriz de risco eficiente exige organização e um entendimento claro dos passos necessários para identificar e gerenciar os riscos e perigos. A seguir, detalhamos cada etapa para que você possa criar uma matriz prática e funcional.
1. Identifique os riscos
O primeiro passo é identificar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Essa análise deve ser minuciosa, considerando todas as atividades e condições do local.
Para isso, realize inspeções de segurança para observar situações potencialmente perigosas, analise acidentes e incidentes anteriores para identificar padrões e converse com colaboradores para entender os desafios enfrentados no dia a dia.
Entre os exemplos que podem surgir estão quedas, exposição a produtos químicos, falhas de máquinas, sobrecargas de trabalho ou até mesmo eventos climáticos, como inundações. Documente todos os graus de riscos identificados para as etapas seguintes.
2. Avalie a probabilidade
Depois de listar os riscos, é necessário avaliar a probabilidade de cada um acontecer. A probabilidade pode ser classificada de forma qualitativa ou quantitativa.
Em avaliações qualitativas, os riscos podem ser categorizados como baixa, média ou alta probabilidade, dependendo da frequência com que eventos semelhantes ocorrem no ambiente de trabalho.
Por exemplo, um risco com baixa probabilidade pode ser um evento raro, enquanto um com alta probabilidade é aquele que ocorre frequentemente. Nas avaliações quantitativas, você pode usar porcentagens ou frequência estatística para uma análise mais detalhada.
3. Avalie o impacto
A avaliação do impacto é a próxima etapa, onde se analisa a gravidade das consequências caso o risco se concretize. Assim como na probabilidade, a classificação pode ser qualitativa, usando categorias como leve, moderado e grave, ou quantitativa, atribuindo valores financeiros ou níveis numéricos ao impacto.
Por exemplo, um impacto leve pode ser um atraso temporário na operação, enquanto um impacto grave envolve acidentes com lesões graves, danos irreparáveis ou perdas financeiras significativas. Essa avaliação ajudará a entender a criticidade do risco.
4. Construa a matriz
Com as informações de probabilidade e impacto, é hora de construir a matriz. Geralmente, a matriz é representada como uma tabela, onde a probabilidade ocupa uma dimensão e o impacto a outra.
Cada combinação de probabilidade e impacto gera um nível de risco, que pode ser categorizado como baixo, médio, alto ou extremo. Por exemplo, um risco com alta probabilidade e grave impacto será classificado como extremo, enquanto um com baixa probabilidade e impacto leve será considerado baixo.
5. Defina as ações necessárias
Com a matriz pronta, a etapa final é determinar as ações que serão tomadas para cada nível de risco. Para riscos baixos, geralmente é suficiente monitorar continuamente e fazer pequenas melhorias no processo. Já riscos médios podem demandar medidas preventivas, como ajustes operacionais ou treinamentos específicos.
Os riscos altos e extremos exigem maior atenção, com ações corretivas imediatas ou até mesmo a interrupção das operações até que o problema seja resolvido. Planeje e documente todas as ações para garantir a implementação adequada.
A matriz é uma ferramenta indispensável para o gerenciamento de segurança no trabalho. Ao identificar, avaliar e priorizar riscos, ela ajuda as empresas a proteger seus colaboradores, otimizar operações e reduzir custos associados a acidentes e interrupções.
Se você deseja melhorar a segurança na sua empresa, invista na criação de uma matriz personalizada e mantenha-a sempre atualizada.
Além disso, capacite sua equipe para utilizar essa ferramenta de forma eficaz, garantindo que todos estejam comprometidos com a prevenção de riscos.
Para mais informações e dicas sobre segurança no trabalho, explore os conteúdos do blog da Astro Distribuidora e descubra também como criar um mapa de riscos para proteger sua equipe e alcançar melhores resultados.