Manutenção corretiva: quando deve ser feita?

A manutenção corretiva é parte fundamental da gestão de ativos e segurança em ambientes industriais, médicos, estéticos e domésticos. Ao compreender o momento correto para sua aplicação, gestores podem proteger equipes, otimizar custos e garantir a conformidade com normas do Ministério do Trabalho.

Desvende os segredos da manutenção eficaz e descobrir como balancear ações corretivas com estratégias preventivas para evitar paradas e prejuízos. Acompanhe, a seguir:

O que é manutenção corretiva segundo a NBR 5462?

A manutenção corretiva, conforme a NBR 5462, é a ação de reparar um equipamento ou sistema somente após a identificação de uma falha. Esse tipo de manutenção visa restaurar as condições normais de funcionamento, sendo acionada quando o equipamento perde total ou parcialmente sua função.

Em indústrias, a falha de uma máquina causa a paralisação da produção, impactando a eficiência e a segurança dos trabalhadores. Em hospitais, a falha de equipamentos pode comprometer procedimentos essenciais e a vida dos pacientes. No ambiente doméstico, refere-se a eletrodomésticos que param de funcionar, interrompendo tarefas cotidianas.

Esse modelo é considerado o mais custoso. Além das despesas com o reparo, ele aumenta o tempo de inatividade e expõe os colaboradores a riscos. Para minimizar esses perigos, a Análise Preliminar de Risco (APR) é fundamental, identificando potenciais ameaças antes da intervenção e garantindo o uso adequado de EPIs.

Quando optar pela manutenção corretiva?

A escolha pela manutenção corretiva pode ser estratégica em situações específicas. Para equipamentos de baixo valor ou que não afetam criticamente a segurança, a correção após falha pode ser financeiramente viável. Equipamentos auxiliares, itens de apoio ou dispositivos redundantes são exemplos onde a manutenção corretiva pode ser aplicada sem grandes impactos.

Em casos onde os custos de inspeção superam os prejuízos de uma falha eventual, a manutenção corretiva se justifica. Contudo, em ambientes industriais, o risco cresce quando a segurança da equipe depende do funcionamento ininterrupto das máquinas.

A escolha inadequada de EPIs, pode agravar esse cenário, expondo colaboradores a riscos ocupacionais.

Curva PF: entenda a evolução da falha nos equipamentos

A curva PF, que representa o Ponto de Falha Potencial até o Ponto de Falha Funcional, é uma ferramenta essencial na análise preditiva de falhas. Ela permite identificar o momento em que um componente começa a apresentar sinais de degradação, possibilitando ações antes de uma parada total.

Gestores que conhecem a curva PF conseguem planejar intervenções, evitando que a manutenção corretiva seja a única alternativa. Sinais como ruídos anormais, aumento de vibração ou quedas de desempenho indicam a aproximação do ponto de falha funcional.

Qual a diferença entre manutenção preventiva e corretiva?

A principal diferença entre manutenção preventiva e corretiva está no momento e no objetivo. A corretiva é feita após a falha para restaurar o funcionamento, podendo ser emergencial (não planejada) ou agendada (planejada).

Já a preventiva é realizada antes da falha, de forma programada, para evitar problemas e prolongar a vida útil do equipamento.

Manutenção corretiva não planejada: impactos e riscos

A manutenção corretiva emergencial ocorre quando uma falha crítica exige intervenção imediata, sem qualquer planejamento prévio. Esse cenário é marcado por custos elevados, maior tempo de inatividade e aumento dos riscos à segurança do trabalho.

Nos casos mais graves, a falta de planejamento pode gerar acidentes, principalmente quando há necessidade de compra urgente de EPIs sem a verificação do código certificado de aprovação (CA). A dependência de soluções rápidas pode comprometer a qualidade dos equipamentos adquiridos, colocando a equipe em perigo.

Manutenção corretiva planejada: como reduzir custos e riscos

A manutenção corretiva planejada envolve a identificação precoce de falhas e o agendamento do reparo no momento mais adequado para a operação. Essa abordagem permite que gestores preparem recursos, selecionem EPIs certificados e reduzam o impacto financeiro.

A programação da intervenção diminui o tempo de indisponibilidade dos ativos, garantindo maior segurança para os profissionais envolvidos. A verificação do código CA dos equipamentos é fundamental para manter a conformidade e proteger a equipe contra riscos ocupacionais.

Exemplos práticos de manutenção corretiva em diferentes setores

No setor industrial, compressores de ar que falham inesperadamente podem paralisar linhas de produção, exigindo manutenção corretiva imediata. Em hospitais, bombas de infusão ou monitores cardíacos podem demandar ações emergenciais para evitar riscos aos pacientes e à equipe.

Clínicas estéticas enfrentam desafios com equipamentos de laser ou autoclaves, enquanto residências lidam com panes em geladeiras ou aquecedores. Em todos esses casos, a ausência de EPIs com CA pode agravar o problema, tornando a manutenção corretiva uma medida de alto risco e custo.

Vantagens e desvantagens da manutenção corretiva

Entre as vantagens da manutenção corretiva está a simplicidade do processo: não há necessidade de monitoramento constante, e a intervenção ocorre somente quando necessário. Esse modelo pode ser útil para equipamentos não críticos e de baixo custo.

No entanto, as desvantagens são significativas. Custos ocultos, longos períodos de inatividade e a impossibilidade de identificar a causa raiz das falhas podem comprometer a produtividade e a segurança.

A ausência de planejamento aumenta o risco de acidentes e dificulta a conformidade com normas regulamentadoras de segurança no trabalho, especialmente quando os EPIs não possuem CA.

Custos envolvidos na manutenção corretiva: análise detalhada

Os custos da manutenção corretiva vão além do conserto imediato. A parada inesperada de equipamentos resulta em prejuízos financeiros, perda de produtividade e gastos com mão de obra emergencial. A reposição de peças, danos secundários ao sistema e despesas com acidentes de trabalho, devido à falta de EPIs adequados, ampliam ainda mais o impacto.

A implementação de um plano de manutenção eficiente, aliado à aquisição de EPIs de qualidade e certificados pelo CA, é decisiva para o controle de gastos e para o cumprimento da legislação vigente.

Como evitar manutenções emergenciais: estratégias para gestores

Gestores podem adotar diversas estratégias para evitar a dependência da manutenção emergencial. A rotina de inspeções programadas permite identificar problemas antes que se agravem. Sistemas de monitoramento fornecem dados em tempo real, facilitando a tomada de decisão.

O controle da vida útil dos componentes, o investimento em EPIs de qualidade com código CA e o uso de indicadores como MTBF (Mean Time Between Failures) e MTTR (Mean Time To Repair) são fundamentais para uma gestão proativa. A disponibilidade de EPIs certificados é requisito básico para garantir a proteção da equipe.

Principais causas de falha em equipamentos

A falha de equipamentos ocorre, muitas vezes, por fatores previsíveis: lubrificação inadequada, ausência de monitoramento, montagem incorreta e uso de acessórios de EPI sem o devido código CA.

A prática de improvisações (‘gambiarras’) e a compra de itens de baixa qualidade aumentam o risco de acidentes e paradas não planejadas. Para evitar esses problemas, o gestor deve priorizar fornecedores confiáveis e buscar informações técnicas sobre cada componente, sempre verificando a validade do CA.

Gerir a manutenção corretiva de forma estratégica é essencial para proteger vidas, ativos e os recursos da sua empresa. Entender o cenário de riscos é o primeiro passo para uma gestão eficaz. Mas você sabe qual a diferença entre risco e perigo? Descubra no blog da Astro e aprofunde seu conhecimento!

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Astro Distribuidora: segurança no trabalho e uso de EPIs A Astro Distribuidora não atua apenas como fornecedora de Equipamentos de Proteção Individual. Com uma postura responsável às necessidades do setor, também somos uma fonte confiável de informação sobre segurança no trabalho, oferecendo conteúdos atualizados sobre normas técnicas, mudanças nas legislações e orientações práticas sobre o uso correto dos EPIs. Acreditamos que promover a segurança vai muito além da entrega de equipamentos: é preciso informar, orientar e conscientizar. Por isso, o blog da Astro reúne artigos produzidos por profissionais especializados, com foco em facilitar o dia a dia de empresas, técnicos em segurança do trabalho e gestores que buscam agir em conformidade com as NRs. Nosso objetivo é contribuir com o desenvolvimento de ambientes de trabalho mais seguros e eficientes, aliando informação de qualidade à experiência de quem conhece profundamente o mercado. Com a Astro, você encontra não só soluções em proteção, mas também um canal de apoio técnico e educativo para a integridade física das suas equipes. Com mais de 10 anos de mercado, a Astro Distribuidora busca fortalecer ainda mais a sua missão de ser parceira estratégica para empresa de todos os tamanhos, ajudando a reduzir riscos, prevenir acidentes e construir uma cultura de segurança sólida e duradoura. Continue navegando pelo nosso blog e site e encontre conteúdos atualizados sobre as Normas Regulamentadoras, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) com Certificado de Aprovação (CA), Equipamentos de Proteção Coletivo (EPCs) e métodos de otimizar os procedimentos e a produtividade de sua empresa!

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